sábado, 18 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Nos seus vinte e cinco anos, Vitória era aparente. Quando parada, um arco se constituía entre as pernas e a coluna, estridente e fina. Por mais que se respeitasse sua história, seu corpo não era coisa só. Tinha perguntas sem abrir a boca, amanhecia quando dizia seu nome. Quem a via, achava que tomava o todo dela, por este jeito separado, não elegante. Mas era mesmo difícil de entender. Aquele corpo tinha algo que parava, represa cheia e uma barragem. Cada tábua era uma aposta. De não duvidar da correnteza. Para não agonizar asperezas.
Era difícil aceitar que a coisa era. Que eu só sabia escrever, de um jeito ou de outro, de pronto. E resvalava. Eu sei que fica, e dói assinar um cheque, ou entrar na casa que sempre foi sua, tamanho inteiro, mesmo lembrando que a roupa da criança estava suja. E Simplesmente. E escrever assim não é proibido. É a mão. E logo atrás aparece outra. Tal é o valor, sem mais ou menos. E isso me valia a alma sem revés. Pela primeira vez.
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